Moradores do bairro Lajeado pedem ajuda à Prefeitura e SAAE

Os moradores relataram que estão sendo afetados pela situação de abandono do córrego

Moradores do bairro Lajeado pedem melhorias à Prefeitura e ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). Durante a reportagem do jornal, dezenas de moradores relataram os problemas com o córrego que passa pelo bairro. Segundo eles, a chuva e a falta de manutenção do córrego causam erosões próximas às residências, proliferam bichos e, por causa da água parada, os mosquitos fazem a festa e se multiplicam pelo bairro.
Segundo moradores, o córrego tem início atrás da Santa Casa e percorre diversos bairros até chegar ao Rio Tietê. O córrego, que não é canalizado, tem cerca de dois quilômetros. “Em tempo de seca, o córrego tem um filete de água, mas, quando chove, vira um rio. Se chover 50 milímetros, o córrego vira um mar”, diz o morador ao jornal.
Os moradores relataram que estão sendo afetados pela situação de abandono do córrego. “Da avenida até aqui, são cerca de 15 casas afetadas. Os quintais, que fazem fundo com o córrego, estão se perdendo. Pagamos IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano] da mesma forma e ninguém faz nada”, completa o morador.
Além das erosões, a força das águas derrubou o muro de arrimo, construído para evitar o risco de parte da rua e quintais das casas serem afetados. “Olha o muro de arrimo lá no chão. Imaginei a força da água para conseguir derrubar esse muro de arrimo”, diz a moradora do bairro.
Junto ao risco de erosão, a falta de conservação do córrego também ocasiona outros dois problemas: aumento dos bichos e mosquitos, e lixos. “Esse lixo que está aqui é só o que você está vendo, a chuva leva. Ali, perto do quintal daquela casa, tem um monte de lixo e entulho parado. Tem todo tipo de lixo. A falta de limpeza também aumenta o número de bichos e mosquitos, inclusive dengue. Antes de arrumar esse córrego, precisa limpar esse córrego”, relata a moradora.
“Tem aranha, tem escorpião, ratos, baratas tudo entrando nas casas. Esses dias, uma cobra quase entrou na minha cozinha”, completa a moradora.
A instabilidade do solo, também causando fissuras e rachaduras nas casas. “Precisa ser feito um trabalho muito bem feito, igual ao do córrego Pinheirinho. Precisa canalizar, desde atrás do posto de saúde do gole, até o final. Ali perto do posto de saúde, tem um cano jogando esgoto não tratado nesse córrego. Esse esgoto passa por aqui, passa atrás das casas. Isso vai beneficiar muita gente. É, também, uma questão de saúde, questão ambiental”, destaca o morador.
“Têm bairros novos criados há cinco, seis anos; nosso bairro tem 90 anos e está esquecido. Precisamos urgente de ajuda. A Prefeitura e SAAE precisam resolver nosso problema. Não dá mais para conviver com esse córrego abandonado”, finaliza.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *