Violência doméstica: uma mulher é vítima por dia em Porto Feliz, revela delegado titular

O delegado Dr. Raony destacou que a violência doméstica é o crime mais comum em Porto Feliz

A violência doméstica continua sendo um grave problema em Porto Feliz, com números que alarmam e exigem atenção imediata das autoridades e da sociedade. Em entrevista ao jornal O Arauto na quinta-feira (13), o delegado titular da cidade, Raony de Brito Barbedo, revelou que os casos de violência doméstica superam 300 registros por ano, tornando-se o crime mais recorrente no município, à frente até mesmo de tráfico de drogas, roubos e furtos. Números Quando questionado sobre a quantidade de casos de violência na cidade, o delegado foi direto: “O número de flagrantes diminuiu, mas temos feito vários registros de violência doméstica”. Dr. Raony estimou que a média é de quase um caso por dia. “Eu acho que hoje está quase um por dia”, afirmou. Ao ser perguntado se seria possível estimar entre 20 e 30 casos por mês, ele confirmou: “Eu acredito que sim. Pelo trato aqui, às vezes você atende dois, no outro dia você não atende nenhum. Mas, se for tirar uma média, dá um por dia”. Essa média mensal, quando projetada para o ano, ultrapassa os 300 casos registrados, um número que evidencia a gravidade do problema e a necessidade de ações mais efetivas para combatê- -lo. Mais que furto e tráfico O delegado destacou que a violência doméstica é o crime mais comum em Porto Feliz, superando até mesmo o tráfico de drogas. “Tem mais violência doméstica do que tráfico”, afirmou. Em comparação com outros crimes, como roubos e furtos, a violência doméstica também se mostra predominante. “Muito mais [que roubo]”, disse Dr. Raony. Desafios e ações Os números apresentados pelo delegado reforçam a urgência de medidas mais eficazes para combater a violência doméstica em Porto Feliz. Apesar da existência da Lei Maria da Penha e de outras iniciativas legais, os dados mostram que o problema persiste e exige uma abordagem mais ampla, envolvendo não apenas a repressão, mas também a prevenção e o apoio às vítimas. A violência doméstica não afeta apenas as vítimas diretas, mas também famílias inteiras e a comunidade como um todo. É fundamental que haja campanhas de conscientização, suporte psicológico e estruturas de acolhimento para quem sofre com essa realidade. Além disso, a população precisa ser incentivada a denunciar, confiando que as autoridades estão preparadas para agir de forma rápida e eficiente. Enquanto isso, o trabalho da Polícia Civil, sob o comando do delegado Raony de Brito Barbedo, segue focado em coibir esses crimes e garantir que os agressores sejam responsabilizados. No entanto, é preciso que o poder público, em todas as esferas, priorize o combate à violência doméstica, transformando as estatísticas em ações concretas que tragam segurança e justiça para as vítimas. Porto Feliz precisa enfrentar esse problema de frente, com união entre sociedade e autoridades, para que a violência doméstica deixe de ser uma triste realidade no município.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *