Aos 15 anos, Bryan Henrique vê sua luta se intensificar e depende da solidariedade da população para realizar cirurgia decisiva em São Paulo
Bryan Henrique Bisso Monteiro, de 15 anos, filho de Vanessa Bisso e Moacir Moyses Monteiro, enfrenta uma das fases mais difíceis de sua vida. O adolescente nasceu com o complexo OEIS associado à mielomeningocele, uma condição congênita rara e grave que envolve múltiplos defeitos e exige cuidados intensivos desde os primeiros dias de vida. Ao longo de sua trajetória, Bryan já passou por 21 cirurgias — três delas na coluna — sempre demonstrando coragem e determinação.
O complexo OEIS é definido por um conjunto de malformações graves que afetam diferentes sistemas do corpo, como a região abdominal, urinária, intestinal e a coluna. Essas alterações envolvem defeitos estruturais importantes no desenvolvimento desses órgãos e exigem cuidados especializados desde o nascimento. A mielomeningocele, uma das condições associadas ao quadro, é considerada o tipo mais grave de espinha bífida, caracterizada por uma abertura nas costas que compromete a medula e os nervos.
Mesmo com fisioterapia, aplicações de botox e sessões de natação desde o nascimento, Bryan começou a sentir fortes dores na coluna no início deste ano. A dor se intensificou a ponto de ele não conseguir mais deitar de barriga para cima nem dormir sem analgésicos e relaxantes musculares. Nos últimos meses, o quadro piorou: ele começou a perder força na mão esquerda e suas pernas permanecem rígidas o tempo todo.
A família buscou respostas com o neurocirurgião do convênio, mas, apesar dos sintomas graves, ouviu reiteradas vezes que “estava tudo bem” e que se tratava apenas de sequelas da mielomeningocele. Levando laudos de outros especialistas que indicavam o contrário, a mãe insistiu por novos exames. A resposta que recebeu foi um encaminhamento para a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), mesmo após explicar que Bryan já havia passado por atendimento lá, sem solução para o problema atual.
Sem alternativa, os pais decidiram recorrer ao neurocirurgião que havia operado Bryan anteriormente, embora ele já estivesse fora do convênio há quase nove anos. Pagaram R$ 700 pela consulta e, finalmente, tiveram acesso a um diagnóstico real: Bryan está com a medula presa e com nervos do pescoço gravemente comprimidos, condição que o especialista comparou a um AVC, devido ao risco neurológico crescente.
Segundo o médico, Bryan precisa passar por três cirurgias: limpar o ponto que está vazando, descomprimir os nervos do pescoço e soltar a medula. Apenas a parte médica custa R$ 50 mil, mas o custo total do procedimento, incluindo o hospital em São Paulo, pode chegar a R$ 100 mil.
A família tentou conseguir a cirurgia pelo convênio, mas sem sucesso. Um advogado explicou que, com uma liminar, a operação até poderia ser autorizada, mas seria feita por um médico escolhido pela operadora — uma opção que os pais descartam devido à complexidade do caso e ao histórico cirúrgico de Bryan.
Além disso, sem essa cirurgia na coluna, Bryan não poderá realizar outro procedimento importante: a cirurgia para fechamento da bexiga, esperada para este ano.
Com todas as portas se fechando e vendo o sofrimento do filho aumentar a cada dia, os pais criaram uma vaquinha online para arrecadar os recursos necessários. O pedido é simples, direto e doloroso: ajudar Bryan a voltar a viver sem dor.
Doações podem ser feitas via Pix pela chave: 5841518@vakinha.com.br
Ou pelo link da vaquinha: https://vaka.me/5841518
Cada contribuição, cada compartilhamento e cada gesto de solidariedade aproximam Bryan da chance de aliviar a dor e continuar lutando pelos seus sonhos.