A esposa, de 17 anos, disse à Polícia Civil que as ameaças e agressões eram frequentes
Uma briga entre casal quase terminou em tragédia. O caso aconteceu nesta quarta-feira (13), em Vila Angélica. Não conformado com o fim do relacionamento, o marido tentou destruir a casa e ateou fogo nas roupas da esposa. Na companhia de sua avó, a esposa, de 17 anos, procurou à Delegacia de Polícia Civil e contou que as ameaças e agressões eram frequentes. A Guarda Civil Municipal (GCM) foi acionada para atender mais um caso de violência doméstica na cidade. Chegando ao local, os GCMs encontraram a vítima do lado de fora da residência. A esposa relatou que havia sido agredida e que o marido estaria trancado na residência quebrando tudo. Os GCMs tentaram entrar na casa, mas as portas estavam trancadas. O marido decidiu abrir a porta e os guardas constataram que o local estava todo destruído. Segundo o Boletim de Ocorrência (BO), o marido da vítima havia quebrado televisão, máquina de lavar, guarda-roupas, cama, espelho e, para f inalizar, ateou fogo nas roupas da esposa. Após apagar o fogo, os GCMs levaram o autor à delegacia. Ele preferiu manter-se em silêncio. De acordo com o depoimento da esposa, ela vive uma união estável há dois anos e vem sendo agredida pelo companheiro com frequência. “Muitas vezes, [fico] trancada dentro de casa por horas, contra minha vontade. Sou ameaçada de morte com frequência”, relatou a esposa. A jovem contou que na quarta-feira chegou do trabalho e encontrou marido em casa, junto com a sua sogra. Ela relatou que conversou com a sogra sobre o fim de relacionamento, solicitando que ela levasse o filho embora. Segundo a vítima, ele negou-se a ir embora e puxou seu cabelo. Depois desferiu socos nos seus braços. “Tentei evitar que ele quebrasse a televisão, momento em que eu fui enforcada. Passei a me defender. Ele pegou uma faca e fez dois furos na geladeira, e fez ameaças de morte”, contou a jovem. A mãe do acusado tentou acalma-lo, mas foi em vão. “Ele começou a quebrar tudo, então sua mãe pegou a faca e foi embora. Ele disse que se fosse preso, voltaria e me mataria. Em seguida ele deu uma rasteira e eu caí no chão. Levantei e tentei conversar para que ele parasse de quebrar tudo, momento em que ele desferiu duas cabeçadas no meu nariz e um tapa no meu rosto”, completou a vítima no BO. A jovem relatou também que o companheiro a ameaçou de morte e disse que colocaria fogo na casa. “Ele abriu o gás das bocas do fogão e deixou vazando, momento em que saí de casa para buscar ajuda. Quando retornei, a casa estava trancada”, disse a vítima. De acordo com a jovem, o marido é usuário de drogas e não trabalha. A jovem solicitou à polícia medidas protetivas urgentes. Essas medidas são mecanismos que a Lei Maria da Penha oferece para garantir uma proteção emergencial a mulher, evitando que a situação de violência seja agravada. Elas podem ser concedidas sempre que a mulher estiver em situação de risco. A delegada de plantão Marcia Pereira Cruz solicitou a prisão em flagrante do acusado por violência doméstica. Até o fechamento desta edição ainda não havia sido divulgada a decisão judicial na audiência de custódia.