A juíza do Trabalho, Carolina Popoff Ferreira da Costa, determinou a recontratação do profissional de enfermagem, Ozeas Silva, demitido da Santa Casa de Porto Feliz. Na decisão, a juíza destaca que o funcionário deve ser recontratado no prazo de cinco dias por ser membro eleito da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e dentro da sua estabilidade, reconhecendo a “dispensa discriminatória sofrida através da perseguição política”. No despacho, a juíza determina a reintegração profissional ao emprego sob pena de multa de R$ 500 por dia por descumprimento da ordem judicial. Nesta sexta-feira (24) conversamos com Ozeas sobre a decisão. Segundo ele, o motivo da demissão foi perseguição política. “Foi uma perseguição política por apoiar o pré-candidato a prefeito Gerão Pacheco. Essa demissão partiu do atual gestor que tem influência na Santa Casa. A minha demissão se deu no dia que tivemos uma reunião com Gerão, Dr. Marcelo e alguns médicos para discutir assuntos sobre a Saúde do município. Após a reunião, foi divulgada uma foto e, logo depois, eu fui demitido com a alegação que estavam reestruturando o quadro de funcionários e não precisavam mais do meu serviço. Isso foi numa sexta. No domingo, que seria o meu plantão na UTI, deveria ter cinco funcionários, mas tinha apenas um funcionário. Não era para reestruturar. Quando é para reestruturar se vê melhorias e, naquele dia, faltaram profissionais para tomar conta dos pacientes na UTI. Essa decisão para mim é o cumprimento da lei. A lei deve ser obedecida e cumprida. Ninguém está acima da lei”, finalizou Ozeas.
Justiça determina recontratação de enfermeiro demitido da Santa Casa de Porto Feliz
