Evento reforçou a importância da representatividade feminina na política
Na última sexta-feira (28), a Câmara Municipal realizou o encerramento do evento “Elas na Câmara”, uma série de palestras em comemoração ao Mês Internacional da Mulher, celebrado em março. Com o tema “Mulher preciosa e o poder da organização”, o encontro contou com a participação da psicóloga Simone Prieto, que abordou questões como ansiedade, autoestima e a força da mulher, e da personal organizer Cibele Salles, que compartilhou técnicas de organização para melhorar o bem-estar no dia a dia. A iniciativa foi organizada pela vereadora Roselene Maria de Souza dos Santos e marcou o fechamento de um mês dedicado ao diálogo sobre equidade, saúde e protagonismo feminino.
Além das palestras, o evento teve um momento cultural com apresentação da musicista Gisele Antunes Deliberali e seus alunos.
“Elas na Câmara” foi realizado todas as sextas-feiras de março, trazendo temas relevantes para as mulheres de Porto Feliz. Cada edição foi organizada por uma vereadora diferente, reforçando a importância da representatividade feminina na política e na sociedade.
O objetivo do projeto foi não apenas celebrar o Dia Internacional da Mulher (8 de março), mas também promover debates sobre os desafios enfrentados diariamente, como desigualdade de gênero, saúde mental, cuidados médicos e a necessidade de autocuidado e empoderamento.
No dia 7 de março teve a palestra “A mulher e suas estações”, ministrada por Juliana Muscari, organizada pelo gabinete da Presidência da Câmara e voltada para as funcionárias da Casa. Uma semana depois, no dia 14 de março, o tema foi “Mulheres e seus desafios (ansiedade, depressão e menopausa)”, com o ginecologista Dr. Marcelo Pacheco, sob organização da vereadora Lúcia Caballero. O terceiro evento aconteceu no dia 21 de março e teve como tema “Mulher e Saúde: um diálogo necessário”, organizada pela vereadora Ana Paula Melo dos Santos, com participação das médicas Dra. Márcia Roberta Rocco (Ginecologista e Obstetra), Dra. Thaíssa Carvalho Fernandes (Oncologista Clínica), Dra. Nathália Salas D’Alambert (Cirurgiã Oncológica) e Dra. Isabel Cristina Albuquerque Feitosa (Urologia Feminina, Endourologia e Robótica).
O evento reforçou a importância de espaços de discussão que valorizem a mulher em suas múltiplas dimensões – seja na saúde, na organização pessoal, na superação de desafios emocionais ou no combate às desigualdades. Ao longo do mês, as palestras não apenas informaram, mas também inspiraram as participantes a reconhecerem seu valor e potencial.
Na Iniciativas como “Elas na Câmara” desempenham um papel transformador ao criar espaços de diálogo, acolhimento e fortalecimento para as mulheres. Ao abordar temas como saúde mental, organização pessoal, equidade de gênero e liderança feminina, eventos como esse não só celebram conquistas, mas também enfrentam desafios estruturais que ainda limitam o pleno desenvolvimento das mulheres na sociedade. No entanto, para que esse impacto seja ainda maior, é essencial que ações desse tipo se tornem mais frequentes e alcancem outros espaços, como escolas, centros comunitários e locais de trabalho. Muitas mulheres, especialmente as mais jovens ou em situação de vulnerabilidade, não têm acesso a informações e redes de apoio que poderiam ajudá-las a superar barreiras pessoais e profissionais. Levar essas discussões para a base da sociedade — desde as salas de aula até as periferias — é uma forma de democratizar o conhecimento e estimular mudanças desde cedo. Além disso, é crucial que esses eventos sejam transmitidos ao vivo ou disponibilizados online, permitindo que um público mais amplo — incluindo mulheres que não podem comparecer presencialmente por questões de tempo, mobilidade ou responsabilidades domésticas — também tenha acesso ao conteúdo. A tecnologia pode ser uma grande aliada na inclusão, garantindo que informações sobre saúde, direitos e empoderamento cheguem a quem mais precisa. Quando vereadoras, educadoras, profissionais de saúde e lideranças comunitárias se unem para promover debates como os realizados no “Elas na Câmara”, elas não estão apenas compartilhando conhecimento, mas plantando sementes para uma sociedade mais justa e igualitária. Que esse projeto inspire outras cidades, instituições e comunidades a replicarem ações semelhantes, porque empoderar mulheres é transformar realidades — e essa transformação deve ser coletiva, acessível e constante.