Porto Feliz enfrenta aumento de casos de dengue: prevenção e ação coletiva são fundamentais para conter avanço da doença

Uma análise mais detalhada revela que as mulheres são as mais afetadas pela doença

Porto Feliz registra um aumento de casos de dengue em 2024, com 134 confirmações desde o início do ano, segundo dados oficiais do painel de arboviroses do estado de São Paulo. Além desses, 17 casos suspeitos aguardam resultados de exames, felizmente sem nenhum óbito registrado até o momento. Uma análise mais detalhada revela que as mulheres são as mais afetadas, representando 62% dos infectados, com maior incidência na população economicamente ativa, entre 20 e 64 anos. A situação é ainda mais preocupante com a confirmação de dois casos de chikungunya, demonstrando a circulação simultânea de diferentes arboviroses transmitidas pelo mesmo vetor: o mosquito Aedes aegypti.
Diante desse cenário, é essencial entender os riscos da dengue, uma doença que pode evoluir de formas variadas, desde sintomas leves até complicações graves, como a dengue hemorrágica, que pode ser fatal se não tratada adequadamente. Os principais sintomas incluem febre alta, dores musculares e articulares intensas, manchas vermelhas na pele, dor atrás dos olhos e prostração. Em casos mais severos, podem ocorrer sangramentos, queda de pressão e choque, exigindo atendimento médico imediato. A chikungunya, por sua vez, embora raramente fatal, causa dores articulares debilitantes que podem persistir por meses, impactando significativamente a qualidade de vida.
A prevenção é a única forma eficaz de combater essas doenças, já que não há vacina amplamente disponível nem tratamento específico. O poder público tem reforçado as ações de fiscalização e conscientização, mas a população desempenha um papel crucial nessa luta. Estima-se que 80% dos criadouros do Aedes aegypti estejam dentro de residências, o que significa que o descuido de uma única família pode colocar toda uma comunidade em risco. Por isso, é fundamental que todos adotem medidas simples, como eliminar recipientes que acumulam água parada, tampar caixas d’água, manter quintais e terrenos limpos, usar repelentes regularmente e instalar telas em portas e janelas. Além disso, é importante ficar atento a sintomas e procurar imediatamente uma unidade de saúde em caso de suspeita, evitando a automedicação, que pode agravar o quadro.
O combate ao mosquito não é uma responsabilidade apenas do governo, mas de toda a sociedade. Se cada cidadão fizer sua parte, vistoriando semanalmente sua casa e orientando vizinhos e familiares, será possível reduzir significativamente a proliferação do Aedes aegypti. Porto Feliz precisa unir forças agora para evitar que os casos continuem aumentando e para proteger a saúde de todos. A dengue é uma doença séria, mas juntos podemos vencer essa batalha. A hora de agir é agora.

Brasil ultrapassa 1 milhão de casos da doença em 2025

O Brasil ultrapassou a marca de um milhão de casos de dengue em 2025. Segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses, do Ministério da Saúde, até o último dia 12 foram registrados 1.019.033 casos prováveis da infecção e 681 mortes. Outros 741 óbitos suspeitos estão em investigação.
Os números são elevados, com menos de quatro meses o ano já é o sétimo mais letal da série histórica do ministério e o oitavo com mais casos. No entanto, o cenário em 2025 é melhor que o do ano passado, quando o país bateu o recorde histórico com 6,6 milhões de infectados e quase 6,2 mil vítimas fatais.
De acordo com o último informe semanal da pasta da Saúde, que engloba dados de até o último dia 7, o número de casos de dengue registrados no Brasil neste ano é 75,1% menor que o identificado no mesmo período de 2024.
Ainda assim, alguns estados têm adotado medidas excepcionais para lidar com a carga alta da doença. Em São Paulo, por exemplo, onde foram contabilizados quase 600 mil casos, mais da metade do registrado no país, o governo estadual decretou emergência de saúde pela dengue.
De acordo com o ministério, as regiões que apresentam os maiores coeficientes de incidência são Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Entre os estados, São Paulo, Acre e Mato Grosso vivem os piores cenários. Os dois últimos chegam a registrar uma alta da dengue em relação ao ano passado, os únicos do país em que a curva piorou em 2025.
Na última semana, a pasta anunciou novas ações de enfrentamento à arbovirose que vão priorizar 312 municípios mais afetados. Serão enviadas equipes da Força Nacional do SUS para atender às cidades e apoiar na organização da assistência, com capacidade para instalar até 150 centros de hidratação.

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