Perfil das vítimas de acidentes de trânsito em Porto Feliz revela predominância de homens adultos

A distribuição por faixa etária revela que mais da metade das vítimas tinham entre 30 e 59 anos

Dados do sistema SPVida da Secretaria de Segurança Pública mostram um cenário preocupante nas estatísticas de acidentes de trânsito fatais em Porto Feliz. Nos anos de 2023 e 2024, a cidade registrou 23 mortes no trânsito, sendo 12 em 2023 e 11 no ano seguinte. Uma análise detalhada desses casos revela padrões significativos quanto ao perfil das vítimas.
A distribuição por faixa etária apresenta percentuais reveladores: mais da metade das vítimas (56,5%, ou 13 casos) tinham entre 30 e 59 anos, evidenciando que adultos em plena idade produtiva são os mais afetados. Os idosos acima de 60 anos representaram 21,7% dos óbitos (5 casos), enquanto jovens de 18 a 29 anos somaram 17,4% (4 casos). Crianças e adolescentes entre 7 e 17 anos corresponderam a 8,7% do total (2 casos).
A disparidade de gênero é ainda mais marcante: os homens representaram impressionantes 82,6% das vítimas (19 casos), contra 17,4% de mulheres (4 casos). Na análise racial, os dados mostram que 78,3% das vítimas eram brancas (18 casos), enquanto 21,7% se declaravam pretas ou pardas (5 casos).
Esses números destacam a necessidade urgente de políticas públicas específicas voltadas para a segurança viária, com atenção especial ao grupo mais vulnerável: homens adultos entre 30 e 59 anos. Especialistas em trânsito sugerem que essa predominância pode estar relacionada tanto a maior exposição ao volante quanto a comportamentos de risco mais frequentes nessa faixa etária.
Os dados servem como alerta para a implementação de medidas mais eficazes, incluindo campanhas educativas direcionadas, aumento da fiscalização e melhorias na infraestrutura viária, visando reduzir essas estatísticas trágicas que afetam profundamente as famílias porto-felicenses.

NÚMEROS BO ESTADO DE SP

A CPFL PiDados das Associações Brasileiras de Medicina do Tráfego (Abramet) e Medicina de Emergência (Abramede) apontam que o número de pessoas que deram entrada no Sistema Único de Saúde (SUS) no estado de São Paulo por causa de acidentes de trânsito cresceu 44% nos últimos dez anos. Segundo o estudo baseado em números do Ministério da Saúde, entre 2015 e 2024 o total de pessoas atendidas pelo SUS por causa desses acidentes passou de 157,6 mil pessoas para 227,6 mil no ano passado. No intervalo entre 2023 e 2024, o acrescimento das vítimas de acidentes passou de 210,2 mil para os mesmos 227,6, segundo o levantamento. Alta de 8,2% em 12 meses. “O trânsito brasileiro é uma epidemia silenciosa. As emergências estão lotadas de vítimas de circunstâncias evitáveis, com um custo humano, social e econômico altíssimo”, afirmou o presidente da Abramet, Antonio Meira Júnior. “Atuamos diariamente nas emergências e vemos o peso dessa tragédia nos hospitais. Isso exige resposta do Estado, da sociedade e de todos os atores do sistema de mobilidade”, afirma a presidente da Abramede, Camila Lunardi.

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