Suspeito mantinha companheira em cárcere privado havia cerca de 20 dias
A Polícia Civil de Porto Feliz registrou neste domingo (31) um grave caso de violência doméstica e cárcere privado que terminou com a prisão em flagrante de R. J. D., de 30 anos. Ele foi detido após manter a companheira, de 21 anos, em situação de cárcere privado por cerca de 20 dias, segundo apontam as investigações.
O caso aconteceu em uma residência na Avenida Lício Marcondes do Amaral, na Vila Angélica. A Guarda Civil Municipal foi acionada após denúncia de violência doméstica. Ao chegarem ao local, os agentes constataram que a casa estava fechada e pouco iluminada. Pela fresta da janela, foi possível ver a vítima dentro do imóvel, que, em seguida, apagou as luzes e interrompeu o contato com os guardas, aumentando a suspeita.
Momentos depois, os GCMs ouviram gritos de socorro e precisaram arrombar a porta. Dentro da casa, encontraram a jovem e seu filho sentados na cama, ao lado do indiciado. A jovem relatou que sofria violência física e psicológica frequente e que naquele mesmo dia havia recebido um soco na boca.
Durante a ação, os guardas encontraram ainda 14 pontas de cigarro de maconha, pertencentes ao suspeito. O acusado teria resistido à abordagem e foi contido com uso proporcional de força.
O delegado responsável, Dr. Matheus Pereira Barreto, decretou a prisão em flagrante do acusado pelos crimes de lesão corporal e ameaça em contexto de violência doméstica, cárcere privado qualificado e porte de drogas para consumo pessoal. Ele representou ainda pela conversão da prisão em preventiva e solicitou a aplicação de medidas protetivas de urgência em favor da vítima, incluindo afastamento do lar, proibição de contato e de aproximação.
A jovem foi encaminhada ao Pronto-Socorro para atendimento médico e orientada a realizar exames no Instituto Médico Legal (IML). O suspeito também passou por exame de corpo de delito e permanecerá à disposição da Justiça.
O caso segue sob investigação da Delegacia de Polícia de Porto Feliz, que também apura possível crime de estupro, ainda em fase inicial de apuração.