O alerta emitido pela Defesa Civil Estadual sobre o último final de semana de inverno ser crítico para incêndios, devido às altas temperaturas e baixa umidade, confirmou-se. Na região, o principal incidente foi o fogo que destruiu 20% da Floresta Nacional de Ipanema, localizada entre Iperó e Araçoiaba da Serra, começando na tarde de sexta-feira (19) e durando dois dias.
Em Porto Feliz, o dia mais grave foi domingo (21), com um grande incêndio no bairro rural do Xiririca. As chamas se alastraram rapidamente pela vegetação rasteira. A Guarda Civil Municipal (GCM) foi a primeira no local e conseguiu evitar que o fogo atingisse um viveiro de galinhas e residências, contendo as chamas com galhos e o apoio de um caminhão-pipa da Prefeitura.
Moradores da região ajudaram no combate usando bombas d’água costais, abafadores e tratores. Mais tarde, caminhões-pipa de fornecedores de cana e da empresa Guerini Planejamentos reforçaram as ações. Outros focos de incêndio menores no município foram controlados pelo Corpo de Bombeiros com o apoio da Secretaria de Serviços Públicos, da Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil de Porto Feliz e da GCM. Não houve vítimas.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que monitora queimadas via satélite desde 1998, este foi o pior setembro em 27 anos no Estado de São Paulo, com um recorde histórico de 2.522 focos de incêndio registrados antes do mês terminar. Um exemplo da situação crítica foi um grande incêndio na madrugada de quinta-feira (25) às margens da Castello Branco, próximo à divisa entre Boituva e Porto Feliz.
Porto Feliz integra estatística de SP, que tem pior setembro em 27 anos com mais de 2,5 mil focos de incêndio
