U ma série de investigações sobre estelionato tramita na Delegacia de Polícia de Porto Feliz, revelando diferentes modalidades de golpes que têm como alvo a população local. Os crimes, que totalizam prejuízos superiores a R$ 100 mil, envolvem desde falsas promessas de aquisição de imóveis até a venda fictícia de veículos e a contratação fraudulenta de empréstimos.
Em um dos casos mais complexos, uma cozinheira foi vítima de um elaborado golpe aplicado por representantes de uma administradora de consórcios. Após vender a casa onde morava para comprar um novo imóvel em outra cidade, a vítima foi abordada por supostos corretores que ofereciam a “oportunidade perfeita”.
Os aplicadores do golpe utilizaram de constante contato e abordagem extremamente cordial para conquistar a confiança da mulher. Eles a convenceram a viajar centenas de quilómetros para uma reunião presencial, onde foi induzida a desembolsar mais de R$ 90 mil como entrada. Posteriormente, descobriu-se que, em vez de uma cota única, foram contratadas cinco cotas de consórcio em seu nome, sem o seu consentimento. A vítima, que possui renda mensal de aproximadamente R$ 2.500, também recebeu boletos com valores superiores ao combinado. O caso resultou na perda de quase toda a sua economia. Outra modalidade comum, conhecida como “golpe do falso intermediário”, vitimou um pintor. Ele respondeu a um anúncio de um veículo em uma rede social e negociou o pagamento de R$ 7.500 por um carro. O golpista orientou a vítima a se encontrar com um suposto familiar em uma cidade vizinha para verificar o automóvel. Este “familiar”, na verdade, era outra pessoa que também havia sido enganada e acreditava estar ajudando em uma venda legítima. Após a vítima verificar o veículo e realizar a transferência bancária, o contato com o suposto vendedor foi perdido. A vítima ficou sem o dinheiro e sem o veículo. Um terceiro caso envolve uma aposentada que descobriu que um empréstimo consignado de cerca de R$ 6.500 foi contraído fraudulentamente em seu nome. O valor está sendo
descontado mensalmente de seu benefício previdenciário, com previsão de descontos até 2031. A vítima, que não autorizou a transação, compareceu à delegacia acompanhada de um advogado para formalizar a queixa contra os autores desconhecidos.
As investigações, que correm em sigilo, buscam identificar os responsáveis pelos crimes, que podem enfrentar penas de quatro a oito anos de reclusão, além de multa. As autoridades reforçam a necessidade de extrema cautela em negociações online e com empresas desconhecidas.
Jornal O Arauto de Porto Feliz
O Arauto é um jornal que traz notícias e matérias da nossa querida cidade de Porto Feliz, que fica localizada no interior do estado de São Paulo